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CONTO
01 Outubro 2020
[...]

 

Havia uma hora, disse eu, que os dous passeadores tinham saído de casa. Começavam então a subir uma pequena colina, passaram-se três segundos e ambos já estavam no topo. Eu apenas observava-os, havia algo diferente, o clima ficou leve e o macaco que ali estava se transformou em uma bela mulher, cabelos longos e loiros, pele branca que brilhava ao luar. Daniel admirava-a, como se fosse a primeira vez que a visse, mas eu sabia que todas as noites ele estaria lá, junto com aquele macaco, que era simplesmente a mulher mais linda que eu já tinha visto.

Mas, por quê? Por que aquele macaco vira uma mulher toda noite? Por que aquele homem parece nunca envelhecer? Perdi-me em meus pensamentos, porém algo me fez voltar à realidade, a loira estava encarando-me, então pude ver aqueles olhos... nossa, aqueles olhos! Eram como se eu estivesse em um mar agitado, aqueles olhos azulados fizeram-me sentir inquieto, então, de repente, o mar relaxou, sentia a paz que nunca havia sentido antes.

Todas essas ondas de sentimentos fizeram-me ver que eu não conseguiria mais viver sem aquela garota, eu dependia dessa mulher, como um alcoólico que depende de sua cerveja. Então decidi ir vê-la todas as noites, não me importava se durante o dia ela fosse um simples macaco, ou se ela já tivesse alguém ao lado dela, como o Daniel. Eu estava feliz só de contemplá-la todos os dias de minha vida.

Então, como eu havia dito, fui vê-la todos os dias. E ela sempre reparava que eu estava lá, mas ficava quieta, deixando-me contemplar sua beleza surreal até o dia de minha morte.

(Yasmin Horn, 1º Ano “A”)

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